segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Trem e o adesivo plástico


 
     Certa ocasião meu filho Affonso Romero, publicitário e escritor, me fez uma pergunta pertinente e por demais observadora: Papai, o senhor já viu alguma Ferrari, Mercedes Benz ou qualquer outra marca de automóvel própria para milionários com adesivo colado no vidro? – Claro que não – respondi, pois se eu, quando tinha um Fusca velho já era contra essa prática, como poderia colar numa Ferrari? Sei que vou ser alvo de rancor de todos que usam deste expediente, e me perdoem, mas colar adesivo em vidro de carro do tipo: “Papai, não corra”, “Eu amo minha mulher”, “É velho, mas é meu” e “Foi Deus quem me deu”, é de um mal gosto de doer. E o pior deles: “Deus é fiel”. Ora, se Deus não for fiel, quem será? Este, por ser um óbvio ululante, como dizia Nelson Rodrigues, é bem mais do que mau gosto. Mas todo esse intróito é para dizer que toda a regra tem exceção. E a exceção é quando o adesivo propõe, defende e propaga um bem para a sociedade, tal como: “Apóie a APAE”, “Adote uma criança”, “Seja um doador de sangue”, etc. Eu, pela primeira vez, colei um plástico no vidro traseiro de meu carro. Tal fato se deu no ano passado, quando um tipo de congresso (debate), em favor e em defesa da volta do trem para Petrópolis, aconteceu no Centro Cultural de Nogueira, local mais do que apropriado para o evento, já que o velho prédio, que hoje abriga o “Museu do Trem”, abrigara, em saudoso passado, uma estação do referido saudável e seguro transporte.
 
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