domingo, 13 de outubro de 2013

UM CORPO SOB O PLÁSTICO CINZA





  Ele passou cambaleando pela porta da boate. O porteiro da casa noturna chegou a comentar com um motorista de táxi:
    - Poxa, esse cara que passou por aqui tá muito chumbado! Ou bebeu demais, ou se drogou além da conta...
  A noite estava escura, chuvosa e o porteiro não conseguiu ver a expressão de dor estampada no rosto do transeunte. Este, por sua vez, cambaleou mais alguns passos e foi cair a uns dez metros da porta da boate. O último gemido foi quase um urro. O som angustiante ecoou na rua semi-deserta. O porteiro e o motorista acorreram ao local e assistiram ao derradeiro suspiro.

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Um comentário:

  1. Bom dia, Angelo. Gostei muito do conto. Nossa, as pessoas não perdoam mesmo! É incrível como ainda se julga pelas aparências, e o quanto o povo gosta de tomar conclusões sobre o que não sabe - e de forma tão veemente, que aquilo que supõe ser verdade é afirmado como tal. Tenha uma boa semana!

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