EDIÇÃO
ESPECIAL DE SEXTO ANIVERSÁRIO

- Aniversariantes do mês
- Poesia
- Crônicas
- Humor
- E outras noticias
Participações especiais de João
Roberto Gullino e Ivone Alves Sol
Acesse ao link e boa leitura!

Você conhece, prezado leitor, a história de
algum gênio que antes de comprovar sua genialidade e obter fama e sucesso
internacional não tenha sido classificado como louco? Eu só conheci um: Oscar Niemayer.
Assim mesmo nada me garante que seus revolucionários traços para projetos
arquitetônicos, quando então em início de carreira era desconhecido, não tenham
provocado tal afirmação. Este detalhe é
fácil de ser explicado.
Eu não conheço um rosto que não possua duas
faces. Assim eu vejo a vida: tem o lado bom e tem o lado mal. Para o ser humano
comum, anônimo (esmagadora maioria do povo), só existe duas possibilidade de
virar notícia: ganhar o maior prêmio da Sena, sozinho, ou ser vítima de uma
tragédia. Sem prestígio, fama e fortuna costuma passar despercebido, andando
livremente pelas ruas sem ser notado e sem precisar pagar seguranças para lhe
proteger da violência urbana e do assédio dos fãs. Daí costuma vir à frase:
Liberdade não tem preço. O cidadão
anônimo é bem mais um número de registro do que o nome que carrega.
Quem já não ouviu esta frase: “O brasileiro não
sabe votar”. Não se ofenda prezado leitor, pois toda regra tem exceção. Há
bastante tempo o prefeitinho do Rio, que adora fazer turismo no exterior às
nossas custas, prometeu cometer um crime hediondo contra a cidade do Rio de
Janeiro, ou seja, derrubar o elevado da Perimetral. Por que será que ele “é
levado” a cometer tal crime? Por achar que o nosso elevado é muito feio? Vocês
acreditam nisso?


Ao acabar de ler hoje
duas matérias publicadas num jornal, percebi que uma bem que poderia fazer
parte da outra. A segunda notícia fala que o gasto dos brasileiros no exterior
chegou à fabulosa quantia de US$1,9 bilhão, batendo recorde preocupante e extraordinário.
A primeira matéria, publicada no “The New York Times”, principal jornal
norte-americano, e assinada pelo jornalista Simon Romero (deve ser um parente
que não conheço) compara os preços dos artigos comprados pelos brasileiros no
exterior, aos preços que teriam que pagar, se os comprasse no Brasil. Eu, que a
princípio, pelos meus princípios patrióticos, achei um absurdo a quantia que
nós brasileiros estamos gastando no exterior, mudei imediatamente de ideia.
Em
meu peito tenho um barco
Estava
eu desfolhando uma revista, quando me deparei com uma matéria que me instigou a
escrever sobre o assunto. O título do artigo era: A VOLÚPIA COMO GUIA, e o subtítulo
dizia: Acompanhamos um roteiro que passa pelas mais belas bundas do Louvre. Comentário
à parte: “interessante a grafia da palavra bunda no computador – vem sublinhada
de vermelho. Será que é pela mesma importância que dou a esta parte anatômica
do corpo humano?” 
O serviço meteorológico previa uma
frente fria com chuvas esparsas, para o Rio de Janeiro, no início da semana.
Como domingo é o primeiro dia da semana e, pouca gente sabe disso, esta estória
aconteceu nos dois primeiros dias daquela semana de junho.
Não creio que possa existir ou mesmo que ainda
venha a existir um estádio de futebol no mundo onde se tenha gasto ou que se
venha a gastar um valor igual. Estádio
este que nossos “macaquitos” de imitação, tão condenados pelo saudoso Nelson
Rodrigues, já estão classificando e, em parte por culpa da imprensa, como
“arena”. Na verdade, o estádio Mario Filho, mais conhecido como Maracanã,
jamais ficou pronto. Se somarmos o valor superfaturado inicialmente empregado
em sua construção para a Copa do Mundo de 1950, aos valores de não sei quantas
reformas que sofreu ao longo dos últimos anos e, mais a atual reconstrução,
chegaremos a um total surreal.
Quando jovem eu ouvia, vez por outra, minha
saudosa mãe dizer: “Ah, no meu tempo isso era melhor!” Quantos de vocês, jovens
leitores, já ouviram essa frase ser dita por pessoas idosas, hem? Naquelas
oportunidades eu ficava irritado com mamãe e costumava rebater, buscando
argumentos para comparar o tempo dela com o meu. Foi preciso que eu
envelhecesse para entender o porquê de ela dizer aquilo. O tempo ao que ela se
referia, ela era jovem e quando se é jovem tudo é melhor: nossa disposição
física, nossa vista, nossa musculatura, nossa saúde, nossa perspectiva de vida,
nossos sonhos e esperanças, nossa memória, etc. Não eram as coisas que eram
melhores, era ela que era melhor. Quando mamãe era jovem precisava dar corda na
vitrola para tocar um disco e a cada disco tinha que trocar de agulha. O disco
era feito de cera de carnaúba e se partia com facilidade. Imaginem vocês, a
qualidade do som.
Seria
muito bom se o mundo fosse colorido pelo antigo sistema “technicolor” dos
antigos filmes norte-americanos. Se fosse, por exemplo, Petrópolis não
apresentaria num único dia os 50 tons de cinzas de seus tradicionais dias
nublados. Nos dias ensolarados, que são em menor número, é que podemos
constatar como essa cidade é linda!